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Os 12 maiores mitos e fatos sobre direitos animais

Um número considerável de mitos rodeia o entendimento público a respeito dos direitos animais. Abaixo estão 12 dos mitos mais populares sobre direitos animais, bem como alguns fatos sobre a causa.


1º Mito: Ativistas dos Direitos Animais se preocupam mais com os animais do que com as pessoas.
Fato: Ativistas dos direitos animais expandiram seu círculo de compaixão, o qual inclui animais não-humanos, assim como as pessoas, porém se preocupar com animais não humanos não significa que não exista preocupação ou exista menos preocupação com as pessoas. Se você conversar com ativistas dos direitos animais, você verá um grande percentual de gente envolvida também em causas humanitárias tais como a fome, pobreza, direitos civis, entre outros.

2º Mito: Ativistas dos direitos humanos protestam contra uso de peles vestindo sapatos de couro.
Fato: Apesar de existirem, de fato, manifestantes que possam utilizar sapatos de couro, o ativismo pelos direitos animais se opõe ao uso de couro e rejeitam essa prática. Hoje em dia, com a quantidade de material sintético existente, pode ser difícil afirmar com precisão se uma pessoa está ou não utilizando couro, portanto, seria deselegante acusar alguém sem antes checar este fato.

3º Mito: Ativistas dos direitos animais só se preocupam com os animais “bonitinhos”.
Fato: Existem grupos de proteção animal que tendem a promover a proteção dos animais considerados bonitinhos ou engraçadinhos, tais como ursos panda, bebês foca ou filhotes diversos. No entanto, a filosofia dos direitos animais se aplica a todo e qualquer animal. Na verdade, ativistas geralmente chegam a ser ridicularizados por suas campanhas pelos animais menos populares, tais como peixes, galinhas, entre outros (porém, não deixam de lutar por eles).

4º Mito: Ativisitas dos direitos animais protestam contra a caça, porém, compram carne no supermercado.
Fato: Algumas pessoas que consomem carne podem protestar contra a caça, no entanto, o ativismo pelos direitos animais se opõe tanto à caça quanto ao consumo da carne. Ativistas da causa animal preconizam o veganismo, e não consomem qualquer produto de origem animal, tais como ovos, carne etc.

5º Mito: A PETA (ou HSUS) representa o único movimento dos direitos animais.
Fato: A PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) e a HSUS (The Humane Society of the United States) dominam a maior parte da cobertura midiática em temas relacionados aos direitos animais dos Estados Unidos da América. Porém, não representam “O” movimento dos direitos animais. Não se trata de um movimento monolítico, e seria um equívoco pensar ou afirmar que uma ou duas organizações representam a enorme diversidade de ativistas, estratégias, filosofias e organizações que estão envolvidas com a causa.

6º Mito: Ativistas dos Direitos Animais são terroristas.
Fato: Uma minoria muito pequena de ativistas de envolveu ao longo da história em táticas de ação mais radicais, porém, essa parcela não representa o conjunto de ativistas da causa animal e sequer a sua maioria.

7º Mito: Ativistas dos Direitos Animais protestam contra a caça às baleias, mas não se importam com a morte de milhares de vacas.
Fato: Enquanto algumas pessoas se opõem à matança de baleias, seja porque são várias espécies atualmente ameaçadas de extinção ou em perigo, seja a partir de uma crença de que as baleias são especiais, ativistas de direitos animais se opõem a caça à baleia porque acreditam que é errado matar seres sencientes (Vide Nota 1, ao final da página) para comer. Ativistas de direitos animais advogam o veganismo, mas, em geral, os protestos contra a matança de vacas, porcos ou galinhas não atraem tanto a cobertura da mídia como os protestos contra a caça, o que pode explicar o surgimento deste mito.

8º Mito: Ativistas dos Direitos Animais são normalmente mulheres brancas, educadas e privilegiadas social e economicamente.
Fato: Ativistas de direitos animais são bastante diversos quando se trata de classe, etnia, raça, educação, gênero e geografia. Embora o movimento pelos direitos animais possa não parecer heterogêneo com base na participação vista em conferências ou protestos, seria errado julgar todo o movimento a partir de um pequeno número de eventos. Ativismo animal também se faz em casa, em instituições religiosas, em comunidades diversas e também em países que normalmente são sub-representados na grande mídia.

9º Mito: Hitler era vegetariano
Fato: Enquanto vários escritores têm rotulado Hitler como vegetariano, alguns desses mesmos autores mesmo também apontam que ao longo de sua vida ele se alimentou com presunto, salsicha, fígado e caviar. Um chef alemão, e autor de livros, escreveu que um pombo recheado teria sido o prato favorito de Hitler quando ele se hospedou no hotel onde ela trabalhava. Independentemente disso, se qualquer indivíduo em particular é vegano ou vegetariano, isso não possui qualquer influência sobre os animais possuírem ou não direitos, pois se trata de um fato, e eles possuem.

10º Mito: Ativistas dos Direitos Animais querem afastar os animais de companhia dos lares em que vivem.
Fato: Enquanto alguns ativistas opõem-se, por princípios, à manutenção de animais de estimação e acreditam que eles não devam mais ser criados em casa, ninguém quer levar seus animais de companhia para longe de ninguém que os trate com respeito e amor, como eles merecem.

11º Mito: Ativistas dos Direitos Animais desejam impor seus pontos de vista sobre qualquer pessoa.
Fato: Ativistas dos direitos animais não estão tentando impor suas opiniões sobre qualquer outra pessoa. O movimento pelos direitos animais se utiliza da sensibilização do público, educação e persuasão, e não a força. Mesmo campanhas para mudar as leis são baseadas em organizar suficientemente os eleitores a fim de torná-los politicamente vantajosos para que os legisladores apóiem a proteção animal.

12º Mito: Veganismo não é uma forma de vida saudável.
Fato: A American Dietetic Association apóia a dieta vegana: “É a posição da Associação que dietas vegetarianas apropriadamente planejadas, são saudáveis, nutricionalmente adequadas, e podem fornecer benefícios de saúde na prevenção e tratamento de certas doenças.”

Nota 1: A senciência é a capacidade que um ser tem de sentir conscientemente algo, ou seja, de ter percepções conscientes do que lhe acontece e do que o rodeia. Não se questiona que os humanos são seres sencientes – experimentamos de forma consciente, sentimentos de muitos tipos diferentes. E não acontecerá o mesmo com os outros animais? Enquanto a mente de um humano é, em princípio, mais complexa do que as mentes dos outros animais, a verdade é que estas diferenças são apenas de grau e não de gênero, como defendeu Charles Darwin, o precursor da biologia moderna. Isto significa que, tal como os humanos, os outros animais também têm mentes e essas mentes são também complexas, diferindo das mentes humanas apenas no facto de serem menos complexas (do mesmo modo que a mente de uma criança é menos complexa do que a mente de um adulto humano), e não diferindo de género ou tipo de mente (do mesmo modo que, apesar das diferenças de complexidade, a mente de um adulto humano não é de tipo diferente da mente de uma criança humana – é apenas mais complexa). Há quem afirme que nem todos os animais são sencientes. Contudo, sem provas sólidas disso, e com evidências fortes de que muitos animais são sencientes, descobrindo-se cada vez mais acerca da senciência e das características sencientes de um número cada vez maior de espécies animais, é mais razoável e prudente, além de ser moralmente importante, assumir que todos os animais têm algum grau – pelo menos, um grau mínimo – de senciência. Afinal, se assumirmos que um animal não é senciente, sem termos provas que sustentem essa presunção, e se o tratarmos como se não o fosse, existe um problema moral a enfrentar se estivermos enganados. É, pois, melhor assumir, por prudência, que todos os animais são sencientes e agir em função desse princípio de cautela.

Um comentário:

Mariana disse...

Decidi cursar a faculdade de biologia porque sempre amei todos os animais e plantas e, tinha como desejo poder fazer algo profissionalmente em prol dos seres vivos. Infelizmente, durante o curso, fui gradativamente percebendo que um biólogo típico é, no português curto e grosso, um ser humano insensível em relação ä carnificina. Sempre recusei participar de aulas de vivisecção e, muitas vezes, escutei: "vc não será uma boa bióloga, porque tem pena dos bichos...desista." Me formei, e continuo com as minhas convicções. NÃO ADMITO MAUS TRATOS E ACREDITO QUE TODO OS SERES VIVOS MERECEM SER RESPEITADOS. Enquanto os seres humanos se julgarem espécie superior, o mundo será um lugar cada vez mais caótico e violento. PARABÉNS PELO ARTIGO.
Será que eu poderia publicá-lo em meu blog de artigos sobre os animais(com os devidos créditos, claro)? O endereço é: http://animalzookabrazil.blogspot.com/ .
Também gostaria de sua permissão para linkar seu blog ao meu.
Abraços Fraternos!