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Por que amamos cães, comemos porcos e vestimos vacas?

Eu costumo sugerir sempre que as pessoas leiam ou assistam a entrevista com a psicóloga social Melanie Joy, autora do livro "Por que amamos cães, comemos porcos e vestimos vacas". Ela traz uma abordagem super clara e interessante sobre a "dificuldade" que as pessoas possuem em compreender que a vida de um cão ou de um gato não vale mais do que a vida de uma vaca ou de um porco.
A Melanie já foi responsável pela mudança de hábitos de muita gente, que acabou se tornando veg(etari)ana sem ter sequer ter visto todo horror vivido pelos animais criados para abate. Dediquem alguns minutos do dia para assistir esta entrevista, dividida em 2 partes.

Tenho certeza de que vocês irão gostar! Lembrem-se que este formato de vídeo possui várias legendas. A legenda em português aparece do lado esquerdo e é a segunda de baixo para cima. :)

Atenção, imagens fortes!

Na tentativa de conscientizar a população sobre a crueldade contra animais em fazendas e incentivar mudanças na alimentação, a ONG norte-americana FARM (Movimento pelos direitos de animais de fazendas) está oferecendo 1 dólar para quem assistir a um vídeo de quatro minutos que mostra cenas de exploração e matança de animais. A gente coloca aqui de graça para quem tiver coragem de assistir. Na verdade, quem ainda não repensou sobre o impacto do seu modo de vida e de consumo deveria assistir sim, por uma questão de bom senso! A decisão é sua!



Inspiração...

"A forma como tratamos os animais um dia será considerada bárbara. Não há como existir uma civilização perfeita até que o ser humano perceba que os direitos de cada criatura vivente são tão sagrados quanto o seu próprio direito." (Dr. David Starr Jordan ~ 1851-1931)

Reunindo pessoas interessadas em participar!

Atenção, DF! Vejam esta foto e pensem que legal seria se aqui na capital a gente conseguisse organizar um projeto mensal, com um grupo de pessoas interessadas em divulgar (e esclarecer) para a população questões relacionadas ao vegetarianismo/veganismo, libertação animal etc. Poderíamos montar, uma vez por mês, uma banquinha como essa em um ponto da cidade, onde um pequeno grupo ficaria encarregado de distribuir panfletos, petiscos para degustação e conversar com as pessoas. Quem tiver interesse e disponibilidade para se comprometer com o projeto ainda este ano, por favor, deixe seu comentário aqui ou envie mensagem para bsblibertacao@gmail.com que entraremos em contato. Obrigada! :)

PS: foto publicada originalmente em https://www.facebook.com/photo.php?fbid=412335305457967&set=a.403671709657660.97327.299144556777043&type=1&ref=nf —

Brigitte Bardot entra na luta pelo fim da exportação dos jumentinhos brasileiros para a China!

Leia esta excelente matéria publicada no blog Contato Animal sobre a nossa luta pela suspensão do acordo de exportação dos 300 mil aAsininos (popularmente conhecidos como jumentinhos) para a China, onde serão consumidos e utilizados em testes de cosméticos. Em seguida, assine as 2 petições abaixo, que estão sendo traduzidas e levadas para a França e colocadas nas mãos de Brigitte Bardot. Vale lembrar que ativistas da causa animal estão entrando com representações junto aos MP estaduais.

O link para assinaturas é:
(a petição necessita de confirmação de assinatura através do e-mail que lhe será enviado logo a seguir)

DIVULGUE AS PETIÇÕES ENTRE SEUS CONTATOS! A ASSINATURA DE CADA PESSOA É FUNDAMENTAL!

O histórico resgate dos beagles em Green Hill

A invasão de Green Hill

No dia 28 de abril de 2012, mais de mil ativistas italianos se uniram e seguiram em direção a Green Hill para protestar. A data, que marca a luta mundial pelo fim dos animais em laboratórios, contou este ano com um episódio histórico.... Ao chegarem na "empresa", os manifestantes venceram uma barreira policial e invadiram os muros de Green Hill para libertar quantos Beagles eles conseguissem. Uma fêmea adulta e algo em torno de 30 filhotes foram resgatados pelos manifestantes. Em consequência, 12 manifestantes foram presos e libertados 2 dias depois, mas estão proibidos de deixarem a cidade e respondem acusações de invasão, roubo, violência e resistência.

Entendendo Green Hill

Green Hill é uma "empresa" localizada em Brescia, na Itália, que "produz" cachorros Beagles para vendê-los pro mercado de experimentação animal europeu. Estima-se que cerca de 2.500 Beagles estejam vivendo atualmente no criadouro de Green Hill sob condições altamente precárias - gaiolas pequenas, sem higiene, sem luz natural, sem ventilação...
Entre os maiores clientes da "empresa" estão as universidades, empresas de cosméticos e centros de pesquisa científica da Europa. Por preços que variam entre 450 e 900 os clientes podem escolher a idade, o sexo e até mesmo a possibilidade de comprar uma Beagle grávida.
Está em andamento um processo de expansão da empresa, com intenção de abrir mais criadouros pela Europa e até mesmo na Ásia, além de duplicar a quantidade de animais que vivem atualmente em Green Hill.

Repercussão
No mesmo dia da invasão de Green Hill, as imagens dos Beagles sendo resgatados giraram o mundo e comoveram grande parte da população que até então desconhecia a existência dessa empresa. 
Em decorrência da indignação gerada, no dia 8 de maio ocorreu o Dia Mundial contra Green Hill e contra a VivissecçãoEsse dia reuniu manifestantes em frente à embaixada da Itália de diferentes cidades europeias (Londres, Paris, Madri, Barcelona...) lutando pelo fim da vivissecção em cães, gatos e primatas. No dia 9 de maio, os senadores da comissão nº 14 se reuniriam e julgariam diante da Diretoria Europeia o artigo que prevê algumas restrições aos vivisseccionistas. Infelizmente, esse julgamento foi adiado para o dia 16 de maio.


 

De tudo o que ocorreu, fica uma lição: cada vez mais a sociedade começa a se fazer presente no debate em torno de temas antes exclusivos do meio científico e acadêmico. É nosso direito pressionar os vivisseccionistas por mudanças! É nosso direito cobrar o fim do uso de animais em laboratórios! Não queremos o fim da ciência, mas queremos uma ciência pautada no respeito à vida de todos os animais, sem distinção!



















Vídeos da nossa manifestação contra vivissecção!

Vídeos sensacionais da nossa manifestação em Brasília começando a sair do forno!!! Aqui postamos dois deles! O primeiro foi feito pelo grupo do Libertação Animal Brasília e dá uma idéia boa de como foi nosso dia 28 de abril!!!!


 

Este segundo, que ficou fantástico, foi gentilmente produzido e compartilhado por Lux Alt! Obrigada!



Acreditamos que ainda aparecerão novos vídeos! Cada um deles possui um toque especial e transmite parte do que foi a emoção sentida na nossa manifestação contra vivissecção e experimentação animal realizada no fim de abril de 2012! Aproveitamos para agradecer novamente a todas as pessoas que estiveram conosco, seja em Brasília, seja nas outras 46 cidades que participaram desta importante convocação feita pelo grupo Cadeia Para Quem Maltrata os Animais. Lembrem-se: juntos/as somos sempre mais fortes! :)

Membros da família, jantar e a nossa esquizofrenia moral de cada dia!

Por Vera Cristofani
Publicado originalmente em Veganos Pela Abolição da Escravidão Animal

O termo esquizofrenia moral cunhado pelo professor Gary Francione é por definição “o modo ilusório, enganado, confuso de pensarmos sobre os animais em termos sociais e morais.” Ele diz que “essa confusão pode, é claro, incluir maneiras conflitantes ou incoerentes de olhar para os animais (alguns são membros da família; outros são jantar), mas isso não significa que eu esteja descrevendo uma múltipla ou dupla personalidade clássica.
Nossa esquizofrenia moral, que envolve enganarmos a nós próprios quanto à senciência animal e às semelhanças entre os humanos e os outros animais, e uma enorme confusão quanto ao status moral dos não-humanos, é um fenômeno bastante complicado e tem muitos aspectos.” Francione reflete que se por um lado concordamos que é moralmente errado impor sofrimento desnecessário aos animais, por outro, a esmagadora quantidade de sofrimento que nós impomos a eles, não pode ser considerada necessária em nenhum sentido significativo da palavra.
Uma discussão sobre a disparidade entre o que nós dizemos sobre os animais e como nós, na realidade, os tratamos foi iniciada na quinta reunião do Grupo de Estudos da Teoria Abolicionista do Professor Gary Francione. O tema da esquizofrenia moral é dividido em três partes: diagnóstico, motivos e cura. Na parte do diagnóstico foi abordado o status dos animais antes do século XIX, e como esse status supostamente mudou com a aceitação moral e legal do princípio do tratamento humanitário, isto é, a noção que nós temos obrigação moral em não impor sofrimento desnecessário aos animais.
Antes do século XIX
Antes do século XIX, a cultura ocidental não reconhecia, como uma questão geral, que os humanos tinham qualquer obrigação moral em relação aos animais. Os animais não tinham nenhuma importância e estavam completamente fora da comunidade moral. Poderia haver obrigação moral em relação aos animais, mas estas obrigações eram em relação aos humanos e, de forma alguma, em relação aos animais que eram considerados “coisas”, sem habilidade de pensar ou sentir. Um exemplo desse pensamento vem do filósofo René Descartes (1596-1650), considerado o fundador da filosofia moderna, que afirmava que os animais não são conscientes, porque não possuem alma, a qual Deus as colocou apenas em humanos.
Descartes reconhecia que os animais agiam de uma forma que parecia ser inteligente e com propósito e pareciam estar conscientes, mas eles não eram diferentes de máquinas feitas por Deus. Ele se referia a eles como “autômatos ou máquinas que se movem.” Descartes aceitava que animais não são sencientes, conscientes de dor, prazer, ou qualquer outra coisa. Fazia experimentos. Descartes não levava em consideração as reações dos animais. Ele achava que os animais não eram diferentes de uma máquina que estava funcionando de forma imprópria; para ele um cão gritando não é diferente de uma máquina rangendo que precisa de óleo. Descartes achava que obrigação moral aos animais era o mesmo que obrigações morais aos relógios. Essa obrigação moral ao relógio é direcionada aos outros humanos; similarmente podemos ter obrigação moral ao cão de alguém, mas essa obrigação é em relação ao dono e não ao cão.
Outro filósofo descrito no livro de Francione é Immanuel Kant (1724-1804). Kant não tinha as mesmas visões que Descartes, mas ainda negava que temos quaisquer obrigações morais em relação aos animais. Kant reconhecia que os animais são sencientes e podem sofrer, mas porque não são autoconscientes, nem racionais, eles são instrumentos do homem, para o nosso uso, sem valor em si mesmos. Kant achava que quem era cruel com os animais, tornava-se cruel também nas relações humanas. Kant dizia que os animais existiam meramente como um meio para um fim. Esse fim é o homem.
A lei
A visão que não temos obrigações morais em relação aos animais também era refletida na lei. Antes do século XIX, a lei não reconhecia nenhuma obrigação legal aos animais. Se havia qualquer proteção aos animais, a lei era formulada somente em termos da preocupação com humanos, relacionada, primariamente, aos interesses de propriedade.
Francione lança mão de um personagem chamado Simon, o sadista, para ilustrar essa situação. Simon propõe torturar um cão, queimando-o com um maçarico, pois ele tem prazer em fazer isso. Essa proposta de Simon gera alguma preocupação moral? Simon está violando qualquer obrigação moral em usar o animal para sua diversão? Ou a ação de Simon não é moralmente diferente do que quebrar uma noz e comê-la? Acho que qualquer um de nós não hesitaria em dizer que incendiar o cão para diversão, não é um ato moralmente justificável sob qualquer circunstância. Qual é a base do nosso julgamento moral? É meramente porque estamos preocupados com os efeitos da ação de Simon em outros humanos? Somos contra porque a ação de Simon pode aborrecer pessoas que gostam de cães? Somos contra porque fazendo isso, Simon pode tornar-se mais impiedoso nas suas relações com os humanos? Nós podemos ser contra porque nos preocupamos que a ação de Simon tenha efeitos nas suas relações com outros humanos, mas essa não é a razão principal. Na realidade, condenaríamos esse ato de Simon mesmo que ele fizesse isso em segredo. E se o cão fosse da Jane? Seríamos contra porque Simon está prejudicando uma propriedade da Jane? Também podemos ser contra a ação de Simon, porque o cão pertence à Jane, mas de novo esse não é o motivo principal. Nós acharíamos as ações de Simon objetáveis mesmo que o cão estivesse perdido na rua.
A principal razão pela qual as ações de Simon são objetáveis é em relação ao efeito direto que ela tem no cão. O cão é senciente; como nós, o cão é um tipo de ser que é consciente da dor e tem interesse em não ser queimado. Nós temos uma obrigação –direta com o cão e não aquela que se preocupa com o cão- de não torturá-lo. O único motivo dessa obrigação é que o cão é senciente, nenhuma outra característica, tal como racionalidade, autoconsciência ou habilidade de se comunicar em uma língua são necessárias. Simplesmente porque o cão pode sentir dor e sofrer, nós consideramos moralmente necessário justificar o mal que causamos ao cão. Podemos discordar sobre se uma determinada justificativa é suficiente, mas todos nós concordamos que alguma justificativa é necessária e o prazer de Simon não pode constituir tal justificativa. Uma parte integral do nosso pensamento moral é a idéia que o fato de uma ação causar dor conta como um motivo contra a ação- não meramente porque prejudicar outro ser de alguma forma nos deprecia, mas porque prejudicar outro ser senciente é, por si só, errado. E não importa se o Simon propõe queimar por prazer o cão ou outro animal, como uma vaca por exemplo. Nós objetamos a conduta dele de qualquer forma.
Em resumo, muitos de nós rejeitamos a caracterização dos animais como “coisas” que dominou o pensamento ocidental por muitos séculos.
O princípio do tratamento humanitário
As teorias do tratamento humanitário tiveram início com o advogado inglês Jeremy Bentham (1748-1832). Bentham argumentava que apesar de haver diferenças entre humanos e animais, há uma importante similaridade: ambos podem sofrer e a capacidade de sofrer é tudo que é necessário para ter importância moral e para humanos terem obrigações morais em relação a eles. Uma frase de Bentham que ficou famosa é: “A questão não é "eles podem raciocinar?" nem tampouco "eles podem falar?", mas sim "eles podem sofrer?" O princípio de Bentham representou nada mais que uma revolução no nosso pensamento moral sobre os animais no sentido que rejeitou visões como as de Descartes e Kant.
Bentham argumentava que nosso dever de não impor sofrimento desnecessário aos animais era uma obrigação moral direta a eles e era baseada somente na senciência. Isto marcou uma nítida partida de uma tradição cultural que nunca havia considerado os animais como nada além do que “coisas”, destituídos de interesses moralmente significativos.
Quem é senciente?
De acordo com o professor Francione, nem todos os animais provavelmente são sencientes. Talvez seja difícil traçar uma linha separando aqueles que são capazes de experimentar dor e sofrimento conscientemente, daqueles que não são. Sem dúvida a maioria dos animais que exploramos são sencientes. Primatas, bois, porcos, roedores são sencientes capazes de experiências mentais subjetivas. Todos os seres sencientes, apesar de qualquer diferença, são similares uns aos outros e diferentes de tudo mais no mundo que não é senciente.
A observação de que animais são sencientes é diferente de dizer que eles estão vivos. Ser senciente significa ser um tipo de ser que é consciente de dor e prazer; há um “eu” que tem experiências subjetivas. Nem tudo que está vivo é, necessariamente, senciente. Francione diz que “até onde sei, plantas estão vivas, mas não sentem dor, não agem de forma que indicam que sentem dor; não possuem estruturas neurológicas e fisiológicas que nós associamos em animais humanos e não-humanos. Dor em humanos e não-humanos serve como uma função prática, evita destruição e morte, é sobrevivência.” Plantas não podem usar a dor desta forma, como um sinal -- flores não podem sair correndo quando nós as apanhamos -- e assim, é difícil explicar porque as plantas desenvolveriam mecanismos para a senciência, se tais mecanismos são totalmente inúteis.
Princípio do tratamento humanitário na lei
O princípio do tratamento humanitário está tão fincado na nossa cultura moral, que os sistemas de leis dos Estados Unidos e outras nações pretenderam estabelecer o princípio como um padrão legal nas leis do bem-estar animal. Há dois tipos de leis, as leis gerais e as leis específicas. Um exemplo de leis gerais de bem-estar animal, são as leis contra crueldade que supostamente proíbem a crueldade e infligir sofrimento em animais, sem distinção entre os vários usos de animais. Um exemplo é a lei de Nova York que impõe sanção criminal em qualquer pessoa que “sobrecarregar, torturar, ou cruelmente espancar ou machucar sem justificativa, aleijar, mutilar, ou matar qualquer animal.” Na Inglaterra, a lei de Proteção Animal, de 1911, torna uma ofensa criminal “espancar cruelmente, chutar, maltratar, sobrecarregar, torturar, enfurecer ou aterrorizar qualquer animal ou “impor sofrimento desnecessário aos animais.” As leis específicas de bem-estar animal pretendem aplicar o princípio do tratamento humanitário em um uso de animal em particular. Exemplos: British Animals Act (Procedimentos Científicos) de 1986, é sobre o tratamento de animais usados em experimentos. The American Humane Slaughter Act, originalmente promulgado em 1958, regula o abate de animais usados na alimentação.
As leis do bem-estar animal emergiram no séc. XIX como uma aplicação direta do princípio do tratamento humanitário. Antes se Simon prejudicava o boi da Jane, a lei requeria que fosse mostrado que Simon foi maldoso com a Jane e como os tribunais não tinham nenhuma preocupação com os animais , isso era apenas limitado no sentido de que se a crueldade tinha efeito na sensibilidade do público ou na tendência da crueldade aos animais se estender aos humanos. As leis anticrueldade permitem processar Simon mesmo se ele não tivesse sido maldoso com a Jane, mas tivesse sido maldoso apenas com o seu boi. Em resumo, os estatutos posteriores ao século XIX, tinham intenção “de proteger as bestas como propriedade ao invés de criaturas suscetíveis ao sofrimento.” Enquanto que os estatutos anticrueldade foram “designados para proteção animal.”
Fonte: Introduction to Animal Rights: Your Child or the Dog? by Gary L. Francione (pages 1 to 9)

E assim foi nossa 2a manifestação contra vivissecção em Brasília...

Linda cena presenciada durante a manifestação!
No último sábado, dia 28 de abril, aproximadamente 90 pessoas se reuniram numa passeata em Brasília para lutar pelos direitos do animais. Crianças e cachorros dos mais diversos tamanhos também vieram manifestar. Às 15 horas a concentração foi se formando na Rodoviária da cidade, onde as pessoas se preparavam para o trajeto. Jalecos, máscaras cirúrgicas, apitos, cartazes e panfletos foram entregues aos participantes no local. O sentimento de solidariedade era fortíssimo e contagiou transeuntes que sequer tiverma conhecimento prévio da manifestação, mas se sensibilizaram com a causa e pediram para fazer parte do movimento.

O protesto Contra Vivissecção e Experimentação Animal foi convocado em nível nacional pelo grupo Cadeia Para Quem Maltrata os Animais e na capital federal foi organizado pelo Libertação Animal Brasília. Ele teve como objetivo sensibilizar e envolver a sociedade no debate em torno do uso de animais para pesquisas e formação de profissionais no meio acadêmico. Sabemos que é um assunto que não se esgota em manifestos ou outras formas de contestação, e sabemos também do esforço feito por parte da comunidade científica em minimizar todo e qualquer sofrimento imposto aos animais utilizados. No entanto, enquanto cidadãos que possuem anseios e, entre eles, o fim do sofrimento de todos seres sencientes, nos sentimos no direito e também na obrigação de estimular este debate e provocar a reflexão sobre esta questão para, neste sentido, incentivarmos o esforço pela busca de métodos substitutivos a médio e longo prazos.
Início da manifestação - saída da Rodoviária


 
A manifestação começou na Rodoviária de Brasília, ao ritmo das batidas dos tambores em direção ao Conic e depois seguiu para o Conjunto Nacional, onde estava prevista a parada final. Enquanto andávamos, panfletos educativos eram distribuídos e várias pessoas expressavam seu apoio à causa. Os apitos do manifestantes não paravam: precisávamos fazer barulho, sermos escutados. Alguns carros que passavam nas ruas buzinavam e davam sinal de positivo. Houve até quem se pronunciasse de forma mais efetiva, com gritos e comentários como "É isso aí, não pode testar não" ou "Estou com vocês, os animais não devem sofrer".

Foto: Lucas Nakamura

Ao chegarmos no Conjunto Nacional, nos preparávamos para nosso flashmob. Por duas vezes nos deitamos no chão por 1 minuto. Os seguranças do Conjunto Nacional se aproximaram com a nossa chegada, mas foram (assim como nós) extremamente pacíficos, inclusive receberam os panfletos que entregávamos. O flashmobprendeu muita atenção de quem passeava pelo shopping, que se aproximaram para fazer perguntas e tirar fotos.

Já no fim da manifestação, a emoção tomou conta de todos. Gritos de protestos foram proclamados pelas pessoas presentes e uma salva de palmas foi feita para os animais. Em meio a vários gritos de protestos, uma frase concluiu o dia - SALVE OS ANIMAIS!

Até o sol contribuiu para que a manifestação fosse bem sucedida: apesar do calor esperado, o clima estava agradável. Por volta das 16:30 o grupo de manifestantes encerrou seus protestos, muito embora a sensação que tínhamos era de que todas as pessoas ainda queriam ficar mais.

Voltamos juntos/as até nosso ponto de encontro e, novamente, as pessoas gritaram mais frases em prol dos animais. A vibração era contagiante e nos fez ter certeza de que toda essa movimentação deixou bem clara uma coisa: não somos poucos e paulatinamente temos chamado atenção do governo e da sociedade para nossa causa!

 

Sonhamos com o dia em que não haverá mais necessidade de novas manifestações e que as autoridades se emprenhem no sentido de por um ponto final em toda essa crueldade! No entanto, enquanto for preciso, gostaríamos de deixar bem claro que voltaremos e que não nos calaremos diante da injustiça e crueldade imposta aos animais não humanos. Na certeza de que contamos com o apoio de muita gente disposta a lutar, agradecemos a todas as pessoas que estiveram conosco e àquelas que, mesmo distantes, nos deram muito apoio!

Por fim, agradecimentos especiais precisam ser feitos! Agradecemos, em nome do Libertação Animal Brasília e do Cadeia Para Quem Maltrata os Animais a todas as pessoas que estiveram presentes e àquelas que não estiveram conosco, mas que nos apoiaram e ajudaram de alguma forma. Obrigada à professora Mônica Salles, que dias antes da manifestação realizou um trabalho belíssimo de sensibilização e conscientização junto a estudantes da escola em que ela dá aulas! Não poderíamos deixar de agradecer pelo reforço policial gentilmente providenciado pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

Panfletinhos produzidos por estudantes de uma escola de Brasília,
graças ao trabalho da professora Mônica Salles


Gostaríamos de deixar destacado aqui nosso muito obrigada às organizadoras da manifestação em Brasília e no Brasil, Patrícia El-moor e Norah André. Esta foi a segunda vez que as duas encararam tal missão e novamente, fizeram tudo com muita seriedade e dedicação.

Um dos folders distribuídos na manifestação