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Vamos começar os preparativos para o 28 de abril em Brasília?

"Você nunca deve esperar por governos ou instituições para resolver os problemas, toda mudança social vem da paixão das pessoas." ~ Margaret Mead

Vamos começar os preparativos para o 28 de abril em Brasília???

Primeira reunião de planejamento dia 17 de março (DOMINGO) das 17h às 18h.
Local: Café Corbucci.
Pauta: escolha do local e formato do protesto, divisão de tarefas.


11 de março de 2013 e o fim dos cosméticos testados em animais na UE


Dia histórico na Europa!!! Está valendo a lei que proíbe a importação e a comercialização de qualquer produto ou ingrediente (da cosmética) que tenha sido testado em animais no continente (ou fora dele)! No entanto, a luta ainda continua! Ajude a espalhar essa ideia!!!
 
Cerca de 80% dos países do mundo todo ainda permitem esse tipo de crueldade! Gostaríamos de lembrá-l@s que a conquista que tanto estamos celebrando nesse 11 de março realmente merece ser divulgada e festejada. Mas ainda não atingimos 100% nossa meta!!!

Os produtos que já eram comercializados na Europa que foram anteriormente testados em animais, pelo que entendemos, não serão retirados do mercado europeu - provavelmente porque se já foram testados, não há aplicação da legislação para o que já está em vigor, pois os testes provavelmente são feitos apenas antes da entrada de um produto no mercado (pelo menos é assim que eu entendi, mas gostaríamos de pesquisar mais sobre essa questão).

Ademais, há sim - e infelizmente - exceções para a legislação. Nossa preocupação é que as indústrias de cosméticos encontrem subterfúgios e artifícios para burlarem a legislação e classifiquem alguns cosméticos como produtos farmacêuticos etc.

Logo, festejemos, mas continuemos dedicando atenção ao assunto, tanto fora da Europa quanto dentro!!! Nossa luta não acabou!!!!

Leia mais:

O CCZ de Brasília e a falta de transparência em suas ações


Excelente notícia vindo do Paraná! o/ A lei que estabelece novas políticas públicas para controle populacional de cães e gatos foi sancionada pelo governador Beto Richa (PSDB). A partir de agora, fica proibido o extermínio de animais de rua no Paraná. A legislação prevê a identificação e o registro dos bichos, além da criação de programas de esterilização, ações preventivas contra o abandono e campanhas de incentivo  à guarda responsável.
Enquanto isso, no Distrito Federal, continua a falta de transparência quanto ao destino dos animais que ali chegam/saem/são mortos. A população continua fazendo pressão sobre o GDF cobrando, não apenas esclarecimentos, mas também mudanças reais e urgentes na gestão do Centro de Controle de Zoonoses da capital federal.

 Matéria publicada esta semana pelo Câmara em Pauta lembra que a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) não se dispõe a discutir a questão do Centro de forma aberta e transparente, se limitando a notas pífias em resposta a nossos questionamentos e algumas poucas e insuficientes respostas a cidadãos que procuraram.
http://camaraempauta.com.br/portal/artigo/ver/id/4198/nome/A_eutanasia_de_animais_no_CCZDF_e_os_depoimentos_dos_internautas__quem_mente

A Associação Protetora dos Animais do DF (ProAnima) vem mantendo bom diálogo com os deputados distritais Chico Leite (PT) e Eliana Pedrosa, que se mostram sensíveis com a causa e já têm Projetos de Lei em tramitação. Com a criação da Comissão popular, os grupos devem se reunir e discutir as propostas de alteração para que as leis aprovadas atendam efetivamente à demanda.
Além disso, a ProAnima tem atuado há bastante tempo a fim de promover essas mudanças. Em 2012, organizou reuniões junto à Secretaria de Saúde do DF e entregou uma carta onde solicitava uma série de mudanças no CCZ de Brasília. Ademais, foi parceiro fundamental na formulação da petição criada pelo Libertação Animal Brasília para cobrar uma nova política de controle populacional de animais de rua no DF. A petição hoje conta com mais de 7 mil assinaturas e ainda está aberta. Quem quiser assinar pode acessar o link:

Nossas proposições são:
- Pelo incentivo à adoção dos animais sob responsabilidade do CCZ e por campanhas que incentivem a guarda responsável.
- Pelo fim do recebimento, pelo CCZ , de animais abandonados, dado que abandonar animais é ilegal.
- Pelo fim da matança de animais saudáveis ou tratáveis / reabilitáveis no CCZ de Brasília.
- Pelo tratamento digno e respeito à vida de todo e qualquer ser vivo.
- Por campanhas de esterilização gratuita de caninos e felinos como função de saúde pública do Distrito Federal.

 Entre as novas ações que vem somando esforços  nessa luta, vale a pena mencionar o lançamento, esta semana, de uma Comissão Popular de Proteção Animal pelo FALA - Frente de Ações pela Libertação Animal, que deve fazer sua primeira reunião neste domingo (03), para discutir os problemas existentes e buscar soluções. A reunião será no restaurante Azeite de Oliva (403 sul, Bl. A, Lj. 8), às 17h. Mais informações na página do evento no Facebook (https://www.facebook.com/events/409902749097614/409942665760289/?ref=notif&notif_t=event_mall_reply)
Vale lembrar que existem ações em andamento junto ao Ministério Público, mas o principal foco é alterar a legislação vigente, já que a única lei referente a animais no Distrito Federal, a Lei Distrital 2.095 de 1998, permite o sacrifício de animais, mesmo sadios, apesar de o GDF negar que animais saudáveis sejam sacrificados.
Enquanto isso, em Ribeirão Preto, a ONG Cãopaixão e o Centro de Controle de Zoonoses de Ribeirão Preto (SP) mostram que é possível CCZ e sociedade civil  trabalharem em parceria de forma séria e responsável. Eles realizarão neste sábado (2 fevereiro) mais um evento de adoção de animais na Praça XV de Novembro, onde cerca de 20 cães e gatos adultos que foram abandonados nas ruas da cidade poderão ser adotados. Os animais estão vacinados, castrados, vermifugados e microchipados, equipamento que permite o cadastro dos bichos em um banco de dados da Prefeitura, onde é possível consultar as informações sobre o proprietário.

Continuamos com a nossa pergunta: por que o CCZ de Brasília não caminha em direção a avanços significativos como estes????
http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2013/02/ong-e-ccz-realizam-feira-de-adocao-de-caes-e-gatos-em-ribeirao-preto.html

III Manifestação Nacional Anti Vivissecção e Experimentação Animal

Por favor, amig@s, vamos desde já reservando esta data na nossa agenda para comparecermos à III Manifestação Nacional Anti Vivissecção e Experimentação Animal, que o Cadeia para quem Maltrata os Animais estará realizando pelo terceiro ano consecutivo?


 
A data já está fixada: 28 de abril de 2013, domingo. Estamos começando a nos organizar internamente. Em breve daremos notícias com mais detalhes!

A proteção animal, o jogo do empurra empurra e como julgar é sempre mais fácil do que agir...

Brasília, 09 de janeiro de 2013.
 
Ontem à tarde uma notícia sobre a morte de uma cadelinha em Taguatinga entristeceu (e também chocou) as pessoas aqui no Facebook. Publicações relatando o ocorrido foram replicadas e a cada compartilhamento, as mensagens de tristeza e revolta vinham seguidas da pergunta “Por que os vizinhos não chamaram a polícia?” ou “Por que ninguém fez nada para ajudá-la?”.

Apareceram também posts em defesa dos proprietários do imóvel onde a poodle foi encontrada morta. O principal argumento é que ela já era uma cadelinha idosa, resgatada bastante doente na rua pela família em questão e que estava no fim de se sua vida.

A meu ver, e isso é apenas uma opinião minha, esse é o tipo de coisa que “explica”, mas não “justifica”.



Mas enfim.... eu não gostaria de ater a minha reflexão a uma tentativa de encontrar responsáveis ou culpados pelo triste episódio. Tenho meu ponto de vista, mas gostaria de tecer alguns comentários que podem, talvez, contribuir para a nossa luta pelos direitos animais...

Como é sabido, de fato, um pedido de ajuda circulou entre grupos de proteção e protetores independentes, porém, isso não impediu que a cadelinha viesse a falecer na madrugada do dia 7 para 8 de janeiro. O Libertação Animal Brasília recebeu um e-mail enviado por uma pessoa bastante idônea, o qual só foi lido ontem à tarde, com o seguinte texto: “"Boa noite, recebi essa mensagem abaixo da amiga de uma amiga. Segundo ela, o pessoal viajou e deixou esse cachorrinho fora, e preso. Será que vcs podem ajudar? Se precisar da minha ajuda, me avise por favor, mas sozinha não sei como agir. Agradeço de coração! É na XXXXXXXX em Taguatinga, o cachorrinho está chorando há três dias e está preso em uma corrente e pega chuva e pega sol e não tem ninguém em casa eu já fui lá e verifiquei, não tem ninguém, ele chora muito, não está incomodando, mas fico com um sentimento que não sei te explicar, por favor ajude esse cachorrinho, já liguei pro disque denúncia e eles disseram para eu esperar até amanhã, mas amanhã pode ser tarde demais. Obrigada.”

O fato é que as pessoas que foram até o local verificar o que estava ocorrendo com a pequena poodle (provavelmente receberam um pedido de ajuda semelhante ao que foi enviado pro e-mail do LAB). Ao que tudo indica, era uma cadelinha idosa que, pelo que foi dito em outro post, foi resgatada por aquela família já doente e sem chance de sobreviver. Chegando lá, a encontraram morta e agiram como qualquer pessoa que se preocupa com os animais – e eu aqui diria, com qualquer ser senciente - teria feito. Fizeram fotos, foram à delegacia mais próxima e abriram um boletim de ocorrência. Denúncia de maus tratos comprovada ou não, o fato é que há testemunhas que alegam que o animal estava chorando há 3 dias, do lado de fora da casa pegando chuva e sol, inclusive acorrentado (pelo menos essa foi a informação que chegou até o e-mail do LAB e de algumas outras pessoas). O animal ia morrer de qualquer jeito, disse o responsável por ir até a casa alimentar a poodle e outros cães que lá estavam, enquanto sua família viajava.

No entanto, não considero razoável deixar um animal idoso e doente do lado de fora de casa, sabendo que ele esta à beira da morte. Não acho natural alguém escutar um animal sozinho latindo e chorando (estando ele à beira da morte) e não tentar ajudá-lo. Argumentar a favor dos proprietários deste imóvel alegando que eles a resgataram e que ela estava super doente não me faz me sentir menos pior ao ler a notícia. Ela morreu em sofrimento, sozinha e ao léu.
 
A responsabilidade é de quem? Eu não gostaria de entrar nesse mérito. Mas não acho justo taxarem as pessoas que estiveram lá no local ontem pela manhã de inconsequentes e reclamarem por elas terem exposto o caso publicamente. Repito: elas fizeram o que qualquer pessoa preocupada em ajudar alguém em sofrimento teriam feito. E elas relataram o que foi visto e registrado: um animal sem vida, deitado do lado de fora da casa e sozinho.

Soma-se a isto um e-mail que circulou com um pedido de ajuda em que se alegava que o pobre bichinho estava chorando há 3 dias.

Era obrigação dessas pessoas fazer um boletim de ocorrência, pois quem tem o poder e o dever de investigar as denúncias é a polícia e não elas. Elas fizeram o que deveria ter sido feito. Acharem ruim o caso ter sido exposto da maneira que foi é também algo discutível.

Quer queira quer não, isso tudo traz à tona um problema bastante recorrente na dita proteção animal.

Leio relatos diários de pessoas exauridas de tanto receberem pedidos de ajuda parecidos com o do caso acima. Este ganhou notoriedade porque teve um desfecho trágico. Mas quem acompanha o esforço dessas pessoas em tentar minimizar o sofrimento de centenas de animais abandonados, machucados e deixados à sua própria sorte, sabe que estes pedidos são super problemáticos e revelam uma outra triste realidade.

Não apenas a sociedade aprendeu a conviver com o descaso e o abandono de animais doentes, velhos, sobras de ninhadas, entre outros, como também há quem acha que os chamados “protetores” foram eleitos os responsáveis por resolver este lamentável problema.

Ando desanimada em ver tanta gente mandando e-mail e mensagens inbox pedindo ajuda e agindo como se acreditasse que, ao comunicar alguém de que algo precisa ser feito, essa pessoa ajudou em algo. E pior, é como se a pessoa que recebe o "informe" tenha que se mobilizar para resolver o problema. É algo do tipo: "joguei a batata quente na sua mão. Não está mais comigo".

Um ser em sofrimento não é uma batata quente, é um ser em sofrimento. E a primeira coisa que alguém que de fato se importa pensa é em como fazer algo para ajudar. Porém, isso tem virado um triste jogo de empurra empurra, como foi este caso da cadelinha. Ou empurra para protetores independentes ou empurra para grupos e ONGs, os quais também não tem recursos financeiros, nem humanos e nem logísticos para ajudar todos os animais que estão precisando de ajuda.

Em outras palavras, a sociedade precisa entender que esse sofrimento todo não vai terminar enquanto as pessoas ditas aflitas com o sofrimento de um animal, uma pessoa machucada, uma criança, empurrarem suas preocupações para alguém resolver. Não é avisando que um ser está sofrendo e depois lavando suas mãos que este ciclo vai ser interrompido. É preciso que todos façam algo. É preciso que se perceba que protetores e grupos de proteção não dão conta, estão lotados de animais, dívidas e correndo atrás em ajudar aqueles que já estão sob seus cuidados. Ser protetor de animais não é profissão. É uma coisa que se faz de coração, abrindo mão de muita coisa na vida, de horas de lazer, de dinheiro que poderia ser usado em viagens, roupas, academias e outras coisas.

O problema do sofrimento dos animais é super complexo. Ele tem pontas diferentes. De um lado, está o abandono, de outro está a exploração e visão de que eles são objetos e coisas que podem ser comercializadas , consumidas e testadas pelo bem da humanidade. E ainda tem o lado de quem ganha com tudo isso. Essas coisas não vão mudar amanhã, nem depois de amanhã. Mas a gente pode hoje começar a fazer algo para que isso se transforme em coisa do passado.

Enquanto as pessoas continuarem enxergando essa luta de forma fragmentada, enquanto protetores e abolicionistas continuarem se tratando com desrespeito, indiferença ou intolerância, enquanto o ser humano continuar a olhar apenas para seu próprio umbigo e enquanto o sentimento de indignação for motivado apenas em casos onde a maldade foi imposta àqueles que lhes são caros, episódios como este vão continuar acontecendo com animais, crianças, vítimas de estupro, violência doméstica etc.

Virar o rosto pro lado pra não encarar a realidade não é simplesmente agir com egoísmo, é também um ato de crueldade. :((

E para finalizar, repito: criticar quem se dispôs a ajudar e esteve lá para chorar a morte da poodle é injusto e não alivia o fato de que alguém estava incumbido de cuidar daqueles animais e – cuidando ou não, a pobrezinha morreu sem ninguém ao seu lado, do lado de fora da casa e sofrendo. Isso pode não parecer tão grave aos olhos de quem deu a explicação a fim de defender a família, e de fato, não há B.O. que se sustente. Mas não deixa de ser trágico e de levantar uma série de questões para reflexão.