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Mitos das Experiências em Animais


Por Bernhard Rambeck*

Resumo de trabalho apresentado em Simpósio realizado em Genebra pela Liga Internacional de Médicos pela Abolição das Experiências em Animais.

Grande parte de nossa sociedade acredita na necessidade incondicional das experiências em animais. Essa crença baseia-se em mitos, não em fatos e esses mitos precisam ser divulgados para evitar a implosão de um sistema pseudo-científico.

Sem esses mitos, seria evidente que as experiências em animais não ajudam a humanidade, mas causam prejuízos imensos ao animal e ao homem.

Em nosso próprio interesse precisamos analisar os mitos em que se baseia o sistema de pesquisas com animais, pois não se trata apenas de aceitar um mal necessário. O sistema de experiências em animais pertence --- assim como a tecnologia genética ou o uso da energia atômica --- a um sistema de pesquisas e exploração que despreza a vida.

Com ele cavamos uma sepultura para a ecosfera e para nós mesmos. A morte das florestas, o buraco de ozônio, o efeito estufa, as alterações climáticas, os mares contaminados, a matança de focas, AIDS - tudo isso são sinais visíveis, mas afastamos o conhecimento das causas e somos incapazes de agir. Para sobreviver precisamos compreender como tudo está interligado e perceber que a utilização de milhões de animais sensíveis como objeto de exames e instrumentos descartáveis de medição nunca conduzirão à nossa cura, mas apenas à nossa autodestruição crescente. Vamos examinar a rede de mitos que cerca as experiências em animais.

1º Mito – O conhecimento médico está baseado em experiências com animais.

Sempre nos fazem crer que a verdadeira arte médica só começou há cerca de 100 anos, com a quimioterapia. Isso é falso: em todas as épocas houve médicos excelentes que realmente conseguiam ajudar; em todas as épocas houve academias famosas realmente ensinando a arte da cura.

As bases do conhecimento médico clássico não eram pesquisas em animais, embora estas já existissem, em pequenas proporções, há milênios. Essencial era a observação de homens e animais doentes e sadios. Também a maior parte do nosso conhecimento médico moderno não se baseia em experiências com animais ou, então, foi apenas confirmado posteriormente por essas experiências. Muitas substâncias eficazes à base vegetal e também medicamentos como o ácido acetilsalisílico (contra febre) ou fenobarbital (para epilepsia) foram descobertos sem experiências em animais. A maioria das técnicas cirúrgicas habituais não foram desenvolvidas em animais.

2º Mito: Foram as experiências em animais que possibilitaram o combate às doenças e, desta forma, permitiram aumentar a vida média.

Esse mito padrão daqueles que apóiam as experiências com animais é falso! O aumento da expectativa de vida deve-se, principalmente, ao declínio das doenças infecciosas e à conseqüente diminuição da mortalidade infantil. As causas desse declínio foram melhores condições de saneamento, uma tomada de consciência em questões de higiene e uma melhor alimentação - não foi a introdução constante de novos medicamentos e vacinas. Da mesma maneira, os elevados coeficientes de mortalidade infantil no Terceiro Mundo podem ser atribuídos a problemas sociais, à pobreza, à desnutrição, etc... - não à falta de medicamentos ou vacinas.

3º Mito: A pesquisa médica só é possível com experiências em animais.

Há algumas décadas, o conceito de métodos alternativos não existia. Ainda recentemente nos explicavam que o teste DL-50% (para determinar a dose letal) e outras atrocidades eram indispensáveis. Os cientistas declaravam unânimes que só o animal ileso poderia demonstrar o efeito dos medicamentos. Atualmente as declarações são mais cuidadosas. A indústria está explicando, constantemente, quantos animais já substituíram, quanto já diminuiu o consumo de animais e como é perfeitamente possível renunciar ao DL-50%. Em muitas áreas estão utilizando métodos alternativos, processos in-vitro com culturas celulares, microrganismo, etc, cujos resultados superam de longe as provas fornecidas pelas experiências em animais.

Esse desenvolvimento mostra como - através da pressão da opinião pública - é possível conseguir que não se façam experiências com animais.

Percebemos também, que muito daquilo que era considerado parte incontestável da medicina moderna, pode ser, tranqüilamente, substituído em poucos anos.

4º Mito: Experiências em animais são necessárias porque as doenças mais importantes ainda não têm cura.

Apesar das excessivas experiências em animais, as doenças mais importantes não foram modificadas, não se tornaram mais curáveis. Esse fato mostra exatamente o pouco que as experiências em animais podem contribuir para a erradicação das doenças humanas. A conseqüência lógica não pode ser a ampliação da pesquisa em animais e sim, esforços redobrados visando o controle, a profilaxia e a pesquisa das causas das doenças. Não há mais dúvidas de que nós mesmos causamos a maioria das doenças, através de alimentação errada, dependência de substâncias tóxicas, stress, etc.

Estudos amplos com vegetarianos comprovaram há tempo que uma alimentação mais saudável reduz o risco de câncer, diminui a probabilidade de doenças cardiovasculares e aumenta a expectativa de vida.

5º Mito: Experiências em animais são necessárias para afastar a ameaça de novas doenças.

Uma típica nova doença ameaçadora é a AIDS. A pesquisa da AIDS é um ótimo exemplo de pesquisa moderna que pode acumular consideráveis conhecimentos em pouco tempo, e sem usar experiências em animais. Os progressos na pesquisa da AIDS não se baseiam em experiências em animais, mas na epidemiologia, na observação clínica dos doentes e nos estudos in-vitro com culturas celulares.

6º Mito: Os riscos de novos medicamentos e vacinas só podem ser determinados por meio de experiências em animais.

Medicamentos importantes foram descobertos antes da era das experiências em animais, que ainda hoje estão em uso. Fica cada vez mais claro que a transferência de resultados toxicológicos do animal para o homem não tem sentido. Existem cada vez mais métodos expressivos que dispensam as experiências em animais. Testes toxicológicos como o DL-50% ou o estudo de irritação dos olhos do coelho (Teste Draize) são - também segundo diversos cientistas - rituais de extrema crueldade que nada têm a ver com ciência. Ainda mais difíceis de serem transferidos para o homem são os resultados de pesquisas nas quais fazem penetrar em diversos animais, por ingestão ou injeção, grande quantidade de substâncias experimentais durante um tempo prolongado. Não convém esquecer que o risco final é sempre do homem; mas, na medida em que experiências em animais aparentam segurança, o homem é levado ao uso descuidado de novas substâncias. Isso aumenta o risco ainda mais.

7º Mito: Experiências em animais não prejudicam a humanidade.

Experiências em animais atribuem segurança aparente a medicamentos e a novas substâncias, embora de forma alguma seja possível avaliar essa segurança. A tragédia com a Taliodomida é conhecida. Aproximadamente um terço de todos os doentes com problemas renais que fazem diálise (ou esperam pela doação de um rim) destruíram sua função renal tomando analgésicos considerados seguros após experiências em animais. Todos os medicamentos retirados do mercado por exigência dos órgãos de saúde foram testados em experiências com animais. Um outro exemplo: o perigoso "buraco de ozônio" sobre a Antártida é causado pelos CFC (clorofluorcarbonetos), que foram considerados seguros após experiências químicas e, também, com animais. A noção errônea de segurança levou à produção e à disseminação desenfreada dessas substâncias, que agora ameaçam a biosfera do nosso planeta.

Experiências em animais, na realidade, tornam as atuais doenças da civilização ainda mais estáveis. A esperança por um medicamento descoberto por meio das pesquisas com animais destrói a motivação para tomar uma iniciativa própria e para mudar significativamente o estilo de vida. Enquanto nos agarramos à esperança de um novo remédio contra o câncer, as doenças cardio-vasculares, etc, nós mesmos - e todo o sistema de saúde - não estamos suficientemente motivados para abolir as causas dessas enfermidades, ou seja o fumo, as bebidas alcoólicas, a alimentação errada, o stress, etc.

Experiências em animais destroem a consciência em relação às espécies, à interdependência e aos ciclos na natureza. Quem é capaz de julgar as conseqüências que os animais manipulados pela biotecnologia trarão para a natureza ? Quem é capaz de avaliar a conseqüência de uma fuga de ratos patenteados com câncer, ratos com AIDS, etc?

Durante milhões de anos de evolução, a natureza deu prioridade à saúde e à capacidade de adaptação dos animais. Nós, homens, produzimos animais com doenças congênitas, aperfeiçoados para fins científicos e comerciais.

Ao sistema de pesquisa científica baseado em experiências com animais cabe grande parte da responsabilidade pela crise profunda em que se encontra, sob todos os pontos de vista, a medicina moderna. A medicina atual é cara demais; em muitas áreas é francamente perigosa e - para as doenças realmente importantes da época - é ineficaz. Esses três aspectos estão intimamente relacionados e têm como ponto de partida a visão do homem (uma espécie de biomáquina) desenvolvida a partir de experiências em animais.

Um dos piores danos causados pelas experiências em animais consiste no embrutecimento da cultura médica. Sem levar em conta que a experiência com o homem, o princípio das experiências com animais está afastando a medicina cada vez mais da arte de cura e empurrando-a para uma medicina que conserta e coloca peças. Não precisamos retratar as doenças como algo positivo, mas enquanto encaramos a doença apenas como defeito a ser tecnicamente consertado, perdemos a possibilidade de questionar o sofrimento humano.

Perdemos toda possibilidade de aceitar a doença como algo que tem um sentido, algo pelo qual precisamos passar.

8º Mito: O animal não sofre durante a experiência.

O sofrimento do animal usado nos experimentos já começou bem antes da experiência, quando é confinado, criado e transportado em condições totalmente estranhas à espécie. Não existem experiências toxicológicas inofensivas para o animal! Gostaria de saber como experiências toxicológicas - durante as quais os animais são envenenados de forma mais ou menos rápida - podem decorrer sem tortura e dor. Não existe experiência nas áreas de toxicologia, cirurgia, radioterapia, etc, sem sofrimento terrível para o animal atingido! Ainda hoje a experiência representa para o animal um sofrimento terrível, que normalmente só termina com a morte.

9º Mito: Somente os especialistas sabem avaliar a necessidade, a validade e a importância das experiências em animais.

O mito de que leigos, por falta de conhecimento especializado, não podem opinar sobre experiências em animais proporcionou, durante dezenas de anos, um campo livre para os vivisseccionistas. Eles têm enorme interesse em trabalhar sem serem observados e incomodados por um público crítico. As experiências em animais, assim como a criação de animais confinados, ou a criação de animais para comércio de peles são praticadas com um número infinito de torturas porque os políticos, os legisladores, os teólogos, os filósofos e, principalmente, o homem comum não têm noção do que acontece ou, então, têm uma idéia totalmente errada do sofrimento e da miséria desses animais.

Nos últimos anos, porém, os muros do silêncio vêm sendo progressivamente derrubados pela imprensa, pelo rádio e pela televisão. Além disso, os últimos anos trouxeram mudanças importantes: os leigos são apoiados por especialistas e por associações médicas e leigas, nacionais e internacionais, que rejeitam as experiências em animais.

Deixar que os próprios pesquisadores julguem a necessidade e a importância das experiências em animais é semelhante a um parecer sobre alimentação vegetariana feito por uma associação de açougueiros ou a um relatório sobre o significado da energia nuclear elaborado pelos fornecedores de usinas nucleares. Não serão justamente aqueles que estão engajados no sistema de experiências em animais que irão questionar a vivissecção!

De forma alguma é necessário ser um especialista para derrubar este nono mito: apesar de milhões de animais torturados e mortos, a vivissecção não conseguiu obter um resultado frente às epidemias do nosso tempo.

10º Mito: Não é possível abolir as experiências com animais.

Esse mito, sempre apresentado pelos defensores da vivissecção, é um dos pilares que sustentam o sistema das experiências em animais. A afirmação de que as experiências em animais possam, quando muito ser reduzidas a um "mínimo indispensável", mas jamais completamente abolidas, nos paralisa. Leva a discussões intermináveis, despidas de sentido, sobre a extensão e o tipo de experiências que podem ser substituídas ou descartadas. Esse é um dos motivos pelos quais o movimento dos opositores está tão dividido. Na questão da abolição das experiências, deveríamos verificar como outros erros históricos foram vencidos.

Hoje está claro que a caça às bruxas, a exploração sem clemência dos escravos, a separação desumana de raças constituem crimes que não podem ser eliminados pela redução do número de vítimas, ou por etapas. Só podem ser eliminados por mudanças fundamentais, associadas à uma tomada de consciência. Assim, também a vivissecção precisa ser eliminada em sua totalidade, como um caminho prejudicial inaceitável.

As chances de alcançarmos esse objetivo (a abolição das experiências em animais) são hoje maiores do que nunca. O movimento contra vivissecção é visto cada vez mais como parte do movimento ecológico, que se preocupa com os danos gigantescos que o homem comete em sua prepotência. Adversários das experiências em animais estão se aliando a grupos que enfrentam a engenharia genética, criação de animais confinados, a criação de animais para comerciar pele, a morte das florestas ou os perigos da energia nuclear. Todos eles procuram impedir a exploração desenfreada da natureza e concebem o nosso ecossistema como algo muito delicado, uma rede interligada de múltiplas formas.

É muito importante que a motivação para combater as experiências em animais se transforme cada vez mais. Enquanto, antigamente, o animal e o horrendo tratamento estavam no centro da discussão, hoje aumenta a consciência de que o próprio homem é o maior prejudicado com a exploração egoísta do animal. O confinamento dos animais de corte significa, em primeiro lugar, uma terrível tortura para eles, mas logo levou a um aumento considerável das doenças provocadas pela alimentação. As possibilidades da engenharia genética mostram, em primeiro lugar, um inacreditável sangue-frio em relação aos animais manipulados, mas em seguida tornou-se uma ameaça complexa ao equilíbrio ecológico e, através disso, à própria existência do homem.

Assim, hoje entendemos cada vez melhor que a experiência em animais, além de representar um enorme sofrimento para a vítima, contribui - devido a todas as conseqüências -para a autodestruição do homem.

Se o homem não consegue adquirir um novo nível de consciência da interdependência e das interligações dentro da natureza para desistir voluntariamente de surpresas desagradáveis como a vivissecção, a engenharia genética, a energia atômica...a natureza vai se encarregar de eliminar o homem definitiva e irreversivelmente junto com suas experiências em animais ! Ainda existe escolha. Ainda existe a possibilidade de pôr um fim à exploração desenfreada do planeta com todos seus seres , de abolir a vivissecção em seu próprio interesse!

Conclusão:

A experiência em animais não representa apenas um método cruel, e por isso mesmo antiético, mas é também destituído de validade científica. No interesse do homem e do animal, precisa ser abolida o mais rápido possível e substituída por métodos racionais e humanos!

*Bernhard Rambeck é diretor do Departamento Bioquímico da Sociedade de pesquisa em Epilepsia, Bielefeld, Alemanha. Autor de inúmeros trabalhos científicos no campo da bioquímica e da farmacologia clínica. Em sua opinião, a maneira mecanicista de pensar das atuais biociências impede qualquer real desenvolvimento da Medicina e da Biologia. Desde 1985, Rambeck dedica-se sobretudo ao estudo das experiências em animais que estão prejudicando o homem e trazendo sofrimento infinito aos animais. Reprodução autorizada, citando-se a fonte.

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A verdade sobre as vacas leiteiras

Música que mostra, com imagens, a verdade que está por trás da indústria do leite e que muita gente não quer ver!

Sérgio Greif - Uma discussão sobre a experimentação animal e métodos substitutivos

Via Aprenda.bio

Palestra Sérgio Greif - Uma discussão sobre a experimentação animal e métodos substitutivos

Uma breve contextualização sobre a experimentação animal e todos os aspectos envolvidos, exemplos de experimentos que são realizados e suas implicações, tanto éticas quanto científicas.
Uma discussão sobre o sistema de saúde baseado em doenças e um sistema alternativo, baseado em saúde. Métodos alternativos ao uso de animais nas pesquisas e ensino.

Sérgio Greif - Biólogo formado pela UNICAMP, mestre em Alimentos e Nutrição com tese em nutrição vegetariana pela mesma universidade, docente da MBA em Gestão Ambiental da Universidade de São Caetano do Sul, ativista pelos direitos animais, vegano desde 1998, consultor em diversas ações civis publicas e audiências públicas em defesa dos direitos animais. Co-autor do livro "A Verdadeira Face da Experimentação Animal: A sua saúde em perigo" e autor de "Alternativas ao Uso de Animais Vivos na Educação: pela ciência responsável", além de diversos artigos e ensaios referentes à nutrição vegetariana, ao modo de vida vegano, aos direitos ambientais, à bioética, à experimentação animal, aos métodos substitutivos ao uso de animais na pesquisa e na educação e aos impactos da pecuária ao meio ambiente, entre outros temas. Realiza palestras nesse mesmo tema. Membro fundador da Sociedade Vegana.



Sérgio Greif - Uma discussão sobre a experimentação animal e métodos substitutivos. Parte 02 from Eric Yabiku on Vimeo.


Sérgio Greif - Uma discussão sobre a experimentação animal e métodos substitutivos. Parte 02 from Eric Yabiku on Vimeo.


Sérgio Greif - Uma discussão sobre a experimentação animal e métodos substitutivos. Parte 03 from Eric Yabiku on Vimeo.

Jill Phipps: documentário sobre a ativista que morreu pelos direitos animais

Publicado originalmente no site da ANDA em 22/03/2012


Jill Phipps nasceu no dia 15 de Janeiro de 1964. No dia 1 de Fevereiro de 1995 acabou falecendo em nome da libertação animal. Como muitos dos ativistas que dedicam a sua vida a uma causa, Jill era uma pessoa totalmente desconhecida, que procurava ajudar os animais naquilo que podia e não reconhecimento ou fama.

Começou, como muitos ativistas, por se tornar vegetariana. Sendo a sua mãe uma ativista pelos direitos dos animais, Jill foi exposta desde criança ao respeito e ao amor pelos animais. A primeira manifestação em que participou, com 11 anos de idade, por influência da mãe e de alguns amigos ativistas, foi contra o uso de peles e as quintas de produção das mesmas. Depois, seguiram-se mais manifestações, sabotagens de caça etc. e Jill acabou por começar a dedicar praticamente todos os minutos dos seus dias à causa.

Ao atingir a adolescência, Jill juntou-se à Eastern Animal Liberation League. Em 1985, Jill teve o seu primeiro e único filho. No dia da sua morte, Jill estava presente numa manifestação, no Aeroporto de Coventry, tentando evitar que um grupo de caminhões que transportavam animais entrasse no Aeroporto, de modo a serem transportados para toda a Europa. Um desses caminhões acabou passando por cima dela, roubando-lhe a vida. Naquele dia, o mesmo caminhão que a matou, também conduziu dezenas de vitelos de encontro à morte.
Assista(com legendas em espanhol):


Jill Phipps - Documental sobre la activista de derechos animales (subtítulos en castellano) from Antiespecista on Vimeo.

Vivissecção: o lado especista da ciência

Por Colaboradores do Libertação Animal Brasília

A vivissecção, entendida como a prática de se realizar intervenções em animais não humanos vivos ou recém-abatidos com propósitos científicos, costuma englobar uma série de procedimentos que consistem em provocar danos ao corpo desses seres, tais como queimaduras, congelamentos, cirurgias não-terapêuticas, indução de doenças ou danos intencionais em seres sadios, além de experiências psicológicas, teste com drogas etc.

O argumento utilizado por uma parcela considerável de pessoas interessadas em justificar esta prática, não apenas no meio acadêmico, mas também nas pesquisas biométicas, nos testes de produtos de limpeza e em cosméticos, é de que existe a necessidade de se confirmar as possíveis reações e os impactos que certos produtos de uso humano podem causar na saúde dos seres humanos.

Estimativas oficiais indicam que entre 17 e 70 milhões de animais são usados em experimentações somente nos EUA, que detêm em seu território um dos maiores “produtores” de animais para laboratórios: Charles River Breeding Laboratories (CRBL), em Massachusetts, de propriedade da Bausch & Lomb, donos de mais 40% desse mercado. No Brasil não é muito diferente. Os dados não são precisos, porém, estima-se que são milhares, número que possivelmente aumentará independente do quão avancem as leis que rogam por um tratamento “humanizado” visando a diminuição da dor causada pelos procedimentos adotados. Animais continuam sendo mortos como alternativa mais barata para testes, cujos resultados finais não são confiáveis.

Nas últimas décadas, o movimento de defesa dos direitos animais passou a mostrar e denunciar o que muitas pessoas sequer imaginavam que ocorria nos laboratórios de pesquisa e nas salas de aula. Em nome do ensino e do dito “progresso” das técnicas institucionais cientificas, da qualidade de vida baseada em novos e milagrosos produtos farmacêuticos, da estética visual e do movediço campo de combate e cura de doenças, o sofrimento imposto a bilhões de animais não humanos, antes ignorado pela maioria das pessoas, passou a chocar – e muito, quem quer que tomasse conhecimento do que ocorre dentro dos laboratórios.


Diante dessas denúncias, muitas vezes incômodas e fortemente criticadas em razão da exposição a que universidades e laboratórios são submetidos, a sociedade também se viu motivada a entrar no debate sobre vivisseção e experimentação em animais. Não apenas opinando, mas também pressionando e cobrando a substituição dessas práticas. Este esforço não tem sido em vão e, juntamente com uma parcela de cientistas e acadêmicos que também se utilizam de sólidos argumentos que desmontam este já ultrapassado modelo de pesquisa, estão conseguindo promover importantes e consideráveis mudanças no campo científico.

Neste sentido, várias conquistas podem ser citadas ou encontradas mediante pesquisas em ferramentas de busca disponíveis na internet. Como exemplo, é possível mencionar o anúncio feito em 2010 pelo Comitê de Médicos pela Medicina Responsável (PCRM, na sigla em inglês) sobre o fim do uso de animais nos testes laboratoriais das universidades do Canadá . As faculdades de medicina daquele país agora utilizam métodos alternativos, tais como simuladores humanos, em seus laboratórios. Também em Israel, El Al (principal linha aérea israelenses) assumiu publicamente que se recusa a transportar primatas para serem usados em experiências. Além disso, lá, a vivissecção é proibida em todas as instituições federais de ensino .

Nós também temos um papel importante nesta luta pelo fim do sofrimento animal. Como indivíduos críticos de nosso próprio consumo, somos capazes de renegar esse tipo de lógica de produção pelo boicote direto e uso de produtos alternativos, ao mesmo tempo que pressionamos as devidas autoridades (legais e corporativas) para que abandonem essa metodologia visando uma ética diferenciada que exclua o uso de animais nesses procedimentos. Do contrário, como consumidores desinformad@s, estaremos subordinad@s a sempre recompensar esse ciclo de dor em cada produto que compramos e trazemos para nosso cotidiano.

Veganismo.... por Gary Francione


"O veganismo é aquilo que cada um de nós pode fazer já. O veganismo não é uma mera questão de dieta; é um compromisso moral e político com a abolição da exploração animal em nível individual."
(Gary L. Francione)



"Se você considera os animais não humanos como pessoas morais, então realmente não há escolha. O veganismo é a única opção e é fácil. Nunca deveríamos retratá-lo como uma espécie de atividade difícil ou super-humana." (Gary Francione)

Por que sou vegan@?

Jeong-Soon, o gato que vive em um templo vegano da Coréia do Sul

Não deixem de assistir este belo programa "VEGETARIANISMO - A MANEIRA NOBRE DE VIVER", que apresenta Jeong-Soon, o gato que vive em um templo vegano da Coréia do Sul! =^^= Basta clicar no link abaixo! ♥