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Grandes vitórias em uma luta que parece não ter fim...

Esta é a foto da 1º cadelinha liberada da "fábrica de beagles" para estudos científicos Green Hill, na Itália. A linda mocinha, que em breve será mamãe, ganhou no nome de Vegan e foi adotada por Giuliano, ativista do Coordinamento Fermare Green Hill! :)

Saiba mais sobre a libertação dos cães em Green Hill aqui

E esta é a foto de um dos cães que também foram salvos de uma vida sacrificada em prol da ciência... nesta última quinta-feira, dia 26 de julho de 2012, A 5ª Vara Cível de Maringá determinou, na tarde desta quinta-feira (26) a retirada dos seis cães da raça beagle, que estavam há pelo menos cinco anos no Biotério Central da Universidade Estadual de Maringá (UEM) para experimentos do curso de Odontologia da Instituição. Os animais foram entregues à ONG Associação Anjos Animais, de Maringá. Serão submetidos a cuidados veterinários e, posteriormente, colocados para adoção. Tristeza pelos que não foram salvos.... Porém, fica aqui a gratidão a todos/as que ajudaram no envio de mensagens e assinatura das petições pelo fim do uso desses animais pela universidade e pela sua libertação! ♥


Assista à matéria exibida sobre o episódio envolvendo os animais da Universidade Estadual de Maringá aqui.



Maus-tratos a animais no anteprojeto do Código Penal

Fonte: Jornal do Brasil - por Carlos Eduardo Rios do Amaral* 
Retirando da legislação extravagante, o anteprojeto do Código Penal traz consigo a tipificação para o crime de maus-tratos a animais, cravando-o em seu artigo 391 e parágrafos. Será considerada infração penal a conduta de praticar ato de abuso ou maus-tratos a animais domésticos, domesticados ou silvestres, nativos ou exóticos.
Observa-se que, além dos maus-tratos, também será punido o abuso praticado contra os animais. O abuso traduz-se como o mau uso, o uso excessivo, o desmando, o desregramento, usando-se ou consumindo-se de forma excessiva ou descomedida, errada ou inconveniente, a força animal. Serão tutelados os animais domésticos, domesticados ou silvestres, nativos ou exóticos. A Portaria nº 93/98 do Ibama, que normatiza a importação e a exportação de espécimes vivos, produtos e subprodutos da fauna silvestre brasileira e da fauna silvestre exótica, faz a distinção:
a) Fauna silvestre brasileira: são todos aqueles animais pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro ou águas jurisdicionais brasileiras;
b) Fauna silvestre exótica: são todos aqueles animais pertencentes às espécies ou subespécies cuja distribuição geográfica não inclui o território brasileiro e as espécies ou subespécies introduzidas pelo homem, inclusive domésticas em estado asselvajado ou alçado.  Também são consideradas exóticas as espécies ou subespécies que tenham sido introduzidas fora das fronteiras brasileiras e suas águas jurisdicionais e que tenham entrado em território brasileiro;
c) Fauna doméstica: todos aqueles animais que através de processos tradicionais e sistematizados de manejo e/ou melhoramento zootécnico tornaram-se domésticos, apresentando características biológicas e comportamentais em estreita dependência do homem, podendo apresentar fenótipo variável, diferente da espécie silvestre que os originou.
A pena para o crime de maus-tratos a animais será, surpreendentemente, de prisão de um a quatro anos. Diminuta, considerando sua necessidade de servir de desestímulo a este tipo de ação reprovável de crueldade contra os sempre indefesos animais, que traz abominação à sociedade. Quando existirem recursos alternativos, também será punida a realização de experiência dolorosa ou cruel em animais vivos, ainda que para fins didáticos ou científicos. Aqui o anteprojeto atende ao anseio e movimento de toda a comunidade e sociedade civil organizada que há anos denuncia o uso indevido de animais como cobaias em laboratórios e centros científicos de experiências. Existindo recurso alternativo, destarte, constituirá crime infligir dor ou submeter o animal a crueldade quando se tratar de cobaia. Em qualquer caso, a pena será aumentada de um sexto a um terço se ocorrer lesão grave permanente ou mutilação do animal. Se ocorrer a morte do animal, a pena deverá ser aumentada de metade.
Antes de encerrar, lembro uma parábola budista, que vem a calhar. Conta a história que numa aldeia na Índia Antiga havia uma pequena cabra e um sacerdote. O sacerdote queria sacrificar a cabra aos deuses. Ele ergueu o braço para cortar o pescoço da cabra quando, de repente, a cabra começou a rir. O sacerdote parou espantado e perguntou à cabra:
— Por que está rindo? Não sabe que estou prestes a cortar seu pescoço?
— Sei— disse a cabra. — Após ter morrido 499 vezes e renascido como cabra, vou finalmente renascer como ser humano.
Então, a pequena cabra começou a chorar. O sumo-sacerdote disse:
— Por que está chorando?
E a cabra respondeu:
— Por você, pobre sacerdote. 500 vidas atrás, eu também era um sumo-sacerdote e sacrificava cabras aos deuses.
O sacerdote ajoelhou-se dizendo:
— Suplico que me perdoe. De hoje em diante, serei o guardião e protetor de todas as cabras da região.
* Carlos Eduardo Rios do Amaral é defensor público do estado do Espírito Santo.

Cientistas de Harvard criam órgãos artificiais em microchips

Mais uma pequena grande vitória que merece ser celebrada! Cientistas de Harvard criam órgãos artificiais em microchips e o dispositivo é uma alternativa promissora para acabar com testes de medicamentos em animais.

Fonte: Expresso MT (02/07/2012)



O método usado pela indústria farmacêutica para testar os medicamentos fracassou, e Donald Ingber tem uma ideia para solucionar o problema.
Os cientistas normalmente testam em animais os medicamentos em potencial. Contudo, na maioria dos casos, "o que foi prognosticado nos estudos feitos com animais não é observado nos testes com humanos", afirma Ingber, diretor do Instituto Wyss, da Universidade de Harvard. É claro que realizar testes iniciais em pessoas é muito perigoso. "A solução que propomos é realizar a pesquisa em células humanas", afirma o cientista, "mas não em células apenas, cultivadas em placa de Petri, mas células que apresentem estruturas e funções como em um órgão".

Para conseguir isso, Ingber e sua equipe vêm desenvolvendo um conjunto diversificado de dispositivos em microescala que reproduzem a estrutura e o ambiente de órgãos humanos com mais precisão que uma placa de cultivo comum.

O primeiro órgão produzido pelo Instituto Wyss foi um pulmão em um microchip que respira. Produzido com materiais que não prejudicam as células, o dispositivo transparente do tamanho de um dedo polegar é a estrutura na qual as células pulmonares humanas se desenvolvem. Pelo dispositivo passam microcanais, nos quais as células pulmonares se desenvolveram, circulam ar e fluidos, e devido à flexibilidade do dispositivo, os cientistas podem aplicar pressão de vácuo nos canais laterais para fazer com que os canais centrais se expandam e contraiam – de forma muito semelhante aos pulmões humanos. A equipe demonstrou que forças mecânicas como essas afetam o comportamento da célula. No caso das células pulmonares, a respiração mecânica ajuda as células a absorverem as partículas que flutuam na "câmara de ar".
Mais recentemente, o instituto desenvolveu um intestino em um microchip. O canal central do dispositivo, revestido de células humanas, pode ser exposto a movimentos ondulatórios que imitam os movimentos do intestino durante a digestão. No microchip, as células formam estruturas que se assemelham a dedos, conhecidas como vilosidades, que são importantes na absorção de nutrientes e outras substâncias. Essas estruturas não se formam quando as células são desenvolvidas em placas de Petri, o que sugere que as células percebam o ambiente do dispositivo como mais semelhante ao seu meio natural. Os cientistas também podem desenvolver bactérias comuns do intestino junto com as células do órgão no canal. Na placa de cultivo, as bactérias geralmente atacam as células humanas, afirma Ingber. "Agora, podemos estudar interações muito mais complexas."
Cada chip semelhante a um órgão oferece, individualmente, a possibilidade de os pesquisadores estudarem as células humanas em um meio bem mais natural e examinarem como elas reagem a medicamentos e toxinas. Porém, Ingber está trabalhando em uma concepção mais ampla, que une diversos desses chips. Por meio da conexão de versões microfluídicas do coração, pulmão, intestino, fígado e outros órgãos, Ingber e seus colegas acreditam que conseguirão estudar melhor de que forma o corpo processa e reage a diversas substâncias.

Um projeto em andamento, com participação de Kevin Kit Parker, membro do corpo docente do instituto, visa a examinar os efeitos negativos para o coração dos medicamentos inaláveis – um problema que existe há bastante tempo no campo da descoberta de medicamentos. "A toxicidade cardíaca é, de fato, a maior causa de insucesso dos medicamentos, seja qual for a doença visada", afirma Ingber.