Conferência mostra tendência em favor de práticas que substituam o uso de animais em estudos
Por Michelle Treichel - Publicado em 04/04/2012

Em sala de aula, Anamaria ressalta que há métodos alternativos que poderiam minimizar ou até mesmo erradicar o uso de animais na docência, como já acontece em universidades de renome internacional. Para ela, nos cursos de Medicina Veterinária, por exemplo, o principal objetivo deveria salvar vidas, e não ao contrário. “Nos países desenvolvidos, os alunos acompanham os professores para tratar dos animais que realmente têm problemas. Eles aprendem a tratar dos bichos a partir de sua cura.” Reforça, ainda, que é inadmissível sacrificar vidas saudáveis em favor de uma técnica. “Trata-se de uma mudança cultural, com resultados a médio e longo prazo.”
Durante o evento, a professora da Unisc, Natália de Campos Grey, abordou a parte legal relacionada ao assunto. No Brasil, a lei 11.794/2008 disciplina a criação e utilização de animais em atividades de ensino e pesquisa científica, sendo regulamentada pelo decreto 6.899/2009. “Estamos no caminho que trilha a substituição de animais nas medidas científicas e tecnológicas por práticas alternativas”, explica. As resoluções dão mais força aos Comitês de Ética no Uso Animal (Ceuas), que podem nortear a questão e ampliar as boas práticas. Natália ainda lembra do exemplo da União Europeia, que atualmente possui a legislação mais rigorosa em relação ao uso de animais.
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